Como afirmei no último texto continuo agora os causos de minha viagem, contando fatos e situações que penso serem interessantes.
Mas, por primeiro, afirmo que gostei do comentário do anônimo ou quem sabe anônima, que sentiu vontade de levantar as mãos, quando contei que em um restaurante em Frankfurt não vendia cerveja.
Olha, pode até levantar, mas é verdade, e mesmo que levante não vou ficar com cara de bobo, afinal são causos.
Visitamos Praga na República Tcheca, que é uma bela cidade que eu já conhecia, mas mereceu nova visita em vários lugares, inclusive na Catedral de São Vito, onde é permitido entrar gratuitamente até, mais ou menos, um terço da sua extensão, e partir deste ponto, deve-se pagar pelo ingresso e continuar a trajetória até chegar ao altar.
É uma bela construção que merece ser vista, tanto a parte de entrada livre como a paga.
Na última noite em Praga quando caminhávamos de volta do restaurante, onde uma boa cerveja foi saboreada, presenciei, por volta de 23 horas, um grupo enorme de pessoas pilotando motos de altas cilindradas.
Pilotavam em velocidade compatível com o local, e o mais interessante, nenhuma delas emitia os irritantes e altos barulhos de escapamentos, que no dia a dia, nos deparamos pelas ruas e avenidas da cidade. Aliás, observem que quando o barulho é bem estrondoso, a moto é das pequenas.
A moto grande aparece pelo seu próprio tamanho e não pelo barulho que emite.
Acrescento que gosto muito de moto, tanto que até junho último possuía uma que era bem silenciosa.
Na saída de Praga paramos em um posto de serviço para abastecimento do veículo e tivemos uma surpresa muito agradável para quem gosta de carros.
Estavam estacionadas, mais ou menos 20 Ferraris, sendo que algumas estavam sendo abastecidas. Eram vermelhas, brancas, pretas, azuis e outras cores. Todas apresentavam placas de Dubai, e um de meus companheiros de viagem, Mr. Porter, não se contentou com fotos e foi conversar com algumas pessoas do grande grupo.
Soube que se tratava de um programa anual, no qual as Ferraris são despachadas para a Europa de avião, e eles, os proprietários, fariam um tour europeu de vários dias. Naquele dia estavam se dirigindo a Veneza, na Itália.
De um modo geral, quase todas as pessoas tiravam fotos e se aproximavam dos belos carros conversando com os condutores e passageiros. As idades dos condutores eram bem variadas e alguns carros eram conduzidos por mulheres.
Eles abasteceram as Ferraris e nós o nosso Astra, mas todos bebemos do mesmo café e da mesma água.
Continuamos nossa viagem e eles ainda permaneceram lá.
Nosso destino era Eslovênia, precisamente a Capital Ljubljana (Liubiana), e logo na entrada do País uma surpresa desagradável, que serviu para aprendermos.
Uma estrada normal e na fronteira havia uma construção semelhante a um pedágio sem que houvesse qualquer policial. Em um vão de passagem os carros passavam normalmente e em outro, no canto direito da grande pista, os carros paravam e em seguida continuavam a trajetória.
Nossa motorista era Ms. Porter, que feliz da vida conduziu o veículo em frente, passando pelo vão livre, mas lá na frente a grande surpresa.
Um policial acenou para encostar o veículo, fazendo o mesmo para o veículo que vinha atrás. Com um inglês horrível, mas compreensível, porque pronunciava palavra por palavra, e um sotaque muito estranho, pediu nossos documentos.
Olhou, verificou e disse que devíamos ter colocado um selo no parabrisas do veículo, com validade de uma semana e ao custo de 15 Euros, mas como já havíamos entrado na Eslovênia sem a providência ele aplicou uma multa de 150 Euros. É verdade.
Sai do carro e fui até um escritório, como ele chamou, um furgão com toda estrutura bancária em seu interior e lá fiz o pagamento de 165 Euros e ele me deu um recibo do Banco da Eslovênia.
O humor ficou lá embaixo por um tempo, mas estávamos em férias. Tudo voltou ao normal.
Em Ljubljana algo, para mim, totalmente desconhecido.
Havia uma enorme feira, com todos os produtos que se possa pensar. Era um sábado e muita gente fazia o abastecimento de alimentos para semana. Chegamos a comprar morangos e cerejas e comer enquanto caminhávamos.
Encostada a uma parede havia uma máquina, tipo caixa eletrônico, mas o triplo de largura. Do lado, uma caixa menor repleta de garrafas vazias.
O consumidor pegava uma garrafa daquelas, ou a que já trazia, colocava na máquina, pagava, e o leite de vaca era derramado para o interior do recipiente, como aqui tiramos café, água ou refrigerante.
Fechava seu recipiente e levava o alimento. Não havia qualquer pessoa tomando conta.
É isso ai, modernidade.
Até.