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PERDIDOS E ACHADOS

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Já li em alguns lugares: “objetos perdidos”, “perdidos”, “achados e perdidos”, “encontrados”. Mas penso que o correto para a placa seria: “perdidos e achados”, porque primeiro alguém tem que perder para depois outro achar. Estou certo? Ou é bobeira?

Algumas semanas atrás fui cobrado por uma pessoa que me disse: Te contei um “causo” e voce disse que iria escrever para enviar à Miriam Petrone e até agora nada.

É verdade. Demorei um pouco, para um causo interessante, mas hoje está aqui com todos os detalhes. Mas, o interessante é que me contaram um outro causo, que tem semelhanças, por isso, os dois.

Me contou R.A. que certa noite, em São Paulo, saiu para uma balada com o namorado, ou seja lá o que for, não me recordo com segurança. Foram a uma casa noturna onde beberam e dancaram, ou mexeram o corpo bastante. De repente ela percebeu que havia perdido o relógio. O acompanhante disse: “Já era”, “alguém pisou”. “ Esquece”.

Os dois continuaram na balada e travaram certo relacionamento com o garçon, rapaz falante e educado. Disse que se chamava Joseph.

Foram embora ao final da noitada e ela reclamando da perda do relógio.

Na outra semana resolveram retornar na mesma balada. Como não se pode beber uma gota de álcool e dirigir (só pode se entupir de drogas) chamaram um táxi. Conversando com o taxista sobre as baladas e outros assuntos, ele disse que onde iam ele conhecia o garçon  Joseph, e que até uma vez o levou para a casa da noiva, dizendo o nome e o bairro. Era o mesmo garçon.

Disse o taxista: “Diga a ele que no final do ano ele foi em um churrasco e depois, de táxi, ele foi para a casa da noiva”.

Já na balada o garçon foi procurado e a afirmação foi feita. “Como vocês sabem?” Ficou surpreso. Após risadas contaram a coincidência.

Minha amiga R.A. lhe contou que havia perdido o relógio na última semana. Disse Joseph: “Existe aí uma caixa de coisas achadas”. “Como é o relógio?”. Ela descreveu. Passados alguns minutos ele retorna e pergunta: “Que cor é o mostrador?” Ela responde e depois de alguns minutos ele volta com o relógio nas maos. Entrega e R.A. nao acredita. Fica satisfeita.

É causo ou nao é? No Brasil, em São Paulo, na balada, depois de uma semana. Tem muita gente boa!

O outro causo é o seguinte.

Senhor e senhora Watanabe viajam para Orlando e se encontram com Senhor e senhora Porter e de lá partem para um cruzeiro, isto não sem antes se envolverem em um acidente de veículos, que gerou atrasos, reboque de  carro e carro alugado.

Aquela maravilha que quase os fizeram perder a embarcação.

Me contaram que alguém do Brasil fez o seguinte pedido: “ Voltei há uma semana de Orlando, fiquei no Hilton, identificando bem o local. Esqueci lá meu aparelho, acho que Nextel. Vocês podem ir lá, tentar recuperar e trazer para mim?”

Retornando do cruzeiro os Watanabes foram no hotel e conversaram. Foram bem atendidos e o empregado buscou um aparelho Nextel do Brasil e entregou ao casal, que muito agradeceu.

Já no Brasil telefonaram para a pessoa que fez o pedido e ela, feliz da vida, foi buscar o aparelho. Quando lhe entregaram ela disse: “ Não é este!”. Ou seja, o Hilton era outro, não era aquele aparelho.

É causo ou não é? Acharam um aparelho que nao era para eles acharem.

Saíram dos Estados Unidos com um aparelho estranho. Sem documento, não sabiam o número e nem a propriedade. Coisas de Watanabes.

E assim a vida vai. Perdidos e achados.

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