De todos os animais, nós que nos achamos superiores, nascemos sem saber
nada. Não sabemos andar, não sabemos comer, não sabemos falar, enfim, somos
totalmente dependentes.
Alguns até para o primeiro choro precisam receber um tapinha no “bumbum”
(como se dizia no passado).
Certa vez, nas imediações da grande Taubaté assisti ao nascimento de um
bezerro, auxiliado por um veterinário e vários curiosos. O bicho nasceu e já tentava
andar.
Bom, o certo é que nós vamos aprendendo sempre, não importa a idade. Hoje
tenho certeza disto, bastando querer e observar.
Mas lembrei de algumas gafes em restaurante e que talvez muitos já
conheçam. Vamos lá. Essa é conhecida.
Também na grande Taubaté, na minha juventude, alguns amigos meus foram a
um restaurante. De costume, o garçon serviu pão e umas bolinhas amarelas bem
apetitosas. Um de meus amigos não teve dúvida: Apoderou-se de um palito e espetou
a apetitosa “batatinha” e colocando na boca rapidamente bebeu a cerveja geladinha.
Não era batatinha era bolinha de manteiga.
Foi uma gozação total. Não presenciei. Me contaram.
A outra que me contaram é que um homem simples, religioso, foi em uma festa
de aniversário de uma pessoa viajada, educada, elegante, enfim, um homem moderno.
O religioso enxergou amendoins, castanhas, chips e outras coisas gostosas.
Lançou a mão em um pequeno pote e tirando uma bolinha meio aberta pôs na boca e
mastigou. Ouviu-se alguns barulhos, croc, croc e a bolinha era dura.
Era pistache que o homem não conhecia. Não gostou e reclamou
discretamente ao aniversariante, que também discretamente ensinou ao amigo como
comer.
Depois disso ele deliciou-se com mais pistaches e a gafe se transformou num
momento de grande brincadeira.
Outra que soube foi por um Chef amigo meu, que nestes dias está em Lucerna,
na Suíça, estudando sobre doces e pães.Ele estava em uma degustação de azeite. Apresentaram vários azeites e na
mesa também havia pão e maçãs cortadas em vários pedaços.
Sendo sua primeira vez prestou atenção e não praticou nenhuma conduta. É
melhor esperar os mais experientes agirem para copiar.
O expositor iniciou a explicação sobre azeites para, em seguida, esclarecer
como fazer a degustação.
Enquanto a exposição se desenrolava duas pessoas, um tanto apressadas,
molhavam pedaços de maçã no azeite e experimentavam. Me disse o Chef: “A
impressão que tive é que não estavam gostando.”.
Já ao término da exposição, para dar início à degustação, o expositor disse:
“Cada espécie de azeite pode ser degustado com um pedação de pão, que não deve
ser encharcado”. “Entre a degustação de um azeite e outro comam uma fatia de
maçã, para tirar o gosto do azeite anterior.”
A maçã não era para ser molhada no azeite, era para afastar o gosto anterior.
Tinha razão o Chef. Não estavam gostando mesmo. Pensem: Maçã com azeite!
É isso aí. Gafes inocentes que não prejudicaram e nem ofenderam ninguém.
Serviram todas como motivos de risos e brincadeiras.
Abraço a todos.