Em um boteco na noite paulistana o ex-aluno Mar me disse que ia se casar na Bahia e perguntou se eu iria. Respondi que sim e, de imediato, salvei a data no calendário do IPhone.
O tempo passou, como sempre.
Recebi o convite e, conversando com ele, disse que precisava consultar meus compromissos para saber se poderia ir, quando ele, de imediato, respondeu: “ -Dr. Está agendado no seu celular há mais de um ano-”. “- Está?-”. “ – Sim, -naquele bar, naquela noite o senhor agendou- “
Conferi. Estava mesmo agendado. “- Combinado, irei para a Bahia”.
No voo encontrei um casal amigo, Sr. e Sra. Guns, e o filho dela, Gustinho, menino de ouro, educado, inquieto e pronto para qualquer atividade.
Estávamos todos no mesmo Resort, porque lá seria o casamento.
Piscina, praia, petiscos, bebidas, massagens e muito mais.
Luc, o garçom que nos atendia, era extremamente educado (educado como uma moça, como se dizia).
-“Uma batida de maracujá, por favor”, disse a Sra. Guns. “Tem não”, respondeu Luc. “-Tem tudo, mas maracujá acabou- “
Contou-nos Luc que aos finais de semana vai para a Praia do Isopor. “-Praia do Isopor?”, perguntamos. “- É, todo mundo leva seu isopor com o que quer comer e beber, porque lá não tem nada, e quando tem é caro“.
Continuou: “Deito na minha cadeira e começo a ler minha revista “Vogue”. “Eu arraso no meio daquela gente”. “To nem aí!”.
Vestindo-me para a cerimônia percebi que havia esquecido de levar os sapatos pretos. De terno azul marinho e tênis não dava. Com sapatos marrons esportivos, para jeans, também não dava.
Depois de muito pensar calcei os sapatos marrons esportivos, usando meias pretas. Afinal, era noite, a beira da piscina. Fazer o que?
Sr. Guns, me disse: “-Esqueci a gravata”. Menos mal.
E o casamento rolou as mil maravilhas. Cerimônia bem elaborada, mesa de frios e queijos impecável. Jantar saboroso.
Eu e Guns nos deliciamos com a garrafa de Black Label que foi enviada para nossa mesa, por bondade do noivo.
Sra. Guns elegante e Gustinho impecável dentro de seu primeiro terno (usava sapatos pretos e gravata). Um tanto incomodado, mas manteve a postura.
A noiva, Mor, estava maravilhosa. Mar e Mor se completavam.
Depois da meia noite, as pessoas começaram a trocar de roupa. Isto é, o terno pela bermuda, os sapatos pelos chinelos, o vestido pelo shorts e aí vai.
Eu não poderia ser diferente. Fui ao meu quarto e fiz a troca, retornei e continuei na festa.
A banda era muito boa e todos dançavam. O casal Guns se apresentava nas danças mais variadas, inclusive dançando o “largadinho”, que nem sei explicar como é. Talvez algum efeito da festa. Talvez não.
Sr. e Sra, Marmor ou Sra. e Sr. Mormar, não sei dizer, dançavam no palco e para todos acenavam. Um conhecido, meio tímido, que lá estava, depois de umas e outras, subiu ao palco e dançou com os noivos e moças, que lá também mexiam o corpo.
De manhã a festa acabou. Todos felizes e cansados.
Até a próxima.