Ser agradável, educado e respeitoso com as pessoas é uma obrigação de todos, penso eu, isto sem considerar que gostamos que as pessoas nos respeitem, que nos trate com educação e que sejam agradáveis, claro, sem exageros, que muitas vezes acontece.
Dado ao crescimento da concorrência, as grandes redes comerciais e mesmo os médios e pequenos comerciantes, passaram a investir em seus empregados, a fim de que dispensem excelente atendimento, afinal, tem que vender, seja o que for.
Mal atendimento pode afastar o cliente para sempre, além dos maus comentários.
São muitos os cursos preparatórios, mas também muitos empregados se preparam por conta própria, e dispensam, no entendimento deles, educada atenção.
Duas situações acontecidas comigo são interessantes: a primeira certamente foi treinada por um profissional, entretanto, a vendedora do produto era uma bitolada, não sabia pensar, só sabia dizer o que foi decorado; a segunda situação um “jovem” atencioso, mas que não tinha noção das palavras usadas.
Atendi ao telefone, conduta que não me era comum, porque nunca era para mim, e ouvi:
– Parabéns, o senhor foi escolhido para receber nosso jornal por 30 dias, sem qualquer custo, isto pelo seu perfil. Decorridos os 30 dias se não houver interesse o senhor nos telefona e a entrega é interrompida; do contrário inicia-se a assinatura.
– Eu não quero.
-Por que? O senhor foi escolhido para receber nosso jornal por 30 dias, sem qualquer custo, isto pelo seu perfil. Decorridos os 30 dias se não houver interesse o senhor nos telefona e a entrega é interrompida; do contrário inicia-se a assinatura.
-Moça, não vamos gastar nosso tempo, eu não quero.
– Mas por quê? O senhor foi escolhido para receber nosso jornal por 30 dias, sem qualquer custo. Decorridos os 30 dias se não houver interesse o senhor nos telefona e a entrega é interrompida; do contrário inicia-se a assinatura.
– Vamos fazer o seguinte. Eu aceito, mas ao final dos 30 dias você me telefona e me pergunta se eu quero a assinatura.
Pi, pi, pi, pi, caiu a ligação.
Muito educada a moça, mas pensar que é bom não sabia ou não podia, sei lá. Conversa fora do contexto ou é proibida ou não se sabe.
Mas, ela estava trabalhando, defendendo sua vida.
Agora o outro causo.
Em vários lugares, posto de abastecimento de veículos, farmácias, padarias e outros estabelecimentos o “jovem” que nos atende quer ser gentil, afinal, o patrão lhe disse: – o patrão é o cliente, é ele quem nos paga, temos que tratar todos muito bem.
Em uma padaria, que às vezes tomo meu lanche matinal, um dos “jovens” que me atende, assim se dirige a mim: – Oi jovem, o que quer hoje?
Tenho que rir. Jovem? Com meus poucos cabelos e grande parte brancos, com minha idade se aproximando dos 60 e o “jovem”, me chamando de jovem.
Não sou avô, mas se bobear tenho idade para ser avô dele.
Sua espontaneidade não me incomoda, mas qualquer dia vou brincar com ele.- Tá falando comigo criança?
Para arrematar, sobre idade é interessante o texto de Ivan Angelo, na Veja São Paulo de 22 de novembro de 2.012, no qual inicia afirmando que: “Tu não te sentes velho até o momento em que alguém te cede o lugar no metrô ou no ônibus”.
Pensem: – “Jovem, pode sentar no meu lugar”.
É isso por hoje, e o perigo é eu passar acreditar que sou jovem e tentar fazer coisas que já são difíceis pra mim. Nada fora do normal.