Na semana passada conversando com um conhecido que é advogado, em uma roda de pessoas da área jurídica, ele contou alguns causos de advogados, que me fez lembrar outros, por isso, anotei para passar a vocês.
Como já alertei há um bom tempo, são causos, se são verdadeiros eu não sei, se tem um fundo de verdade também não sei, só sei que são contados a boca pequena, mas vamos lá.
Ainda quando estudante de direito, um advogado com o qual estagiei, me contou que foi procurado por uma senhora, que precisava de seus serviços porque o filho, injustamente estava preso.
Disse a senhora: “Dotor, meu filho estava passeando lá pelas bandas do mercado, quando passou um rapaz correndo e jogou em cima dele uma jaqueta, nisso os policiais que vinham perseguindo o rapaz, confundiram com o meu filho e prenderem ele”. Continuou: “O senhor tem que contar isto pro Delegado, porque ele é um bom rapaz, não trabalha porque tá difícil arrumar emprego”.
Isto aconteceu lá na grande Taubaté, e talvez a mãe do injustiçado seja alguma prima distante da velhinha de Taubaté, não é?
No linguajar jurídico, para quem não é da área, se diz que um juiz é competente quando pela organização judiciária a ele compete julgar aquela ação, e incompetente quando pela organização aquela ação a ele não compete, mas a outro.
Contou o mencionado advogado na semana passada que um outro profissional teria dito ao cliente, a petição está aqui e nós vamos entrar na sala do juiz. Vou dizer que ele é incompetente e vamos ver o que acontece.
Os dois entraram na sala e o advogado com toda a solenidade da situação apresentou a petição e adiantou que estava alegando a incompetência. O juiz leu a petição e teria dito ao advogado que ele estava com a razão e que iria reconhecer a incompetência.
Cliente e advogado saíram da sala. Disse o cliente: “ Dotor o senhor é fera mesmo. Chamou o juiz de incompetente e ele nem xingou. Disse que é incompetente mesmo. Parabéns.”
Este causo me fez lembrar outro que ouvi também quanto era estudante.
Na missa de domingo um senhor viu que o juiz da cidade estava presente. Deu um jeitinho e na saída da igreja aproximou-se do juiz e travaram uma conversa informal. Aproveitando o cristão disse: “ Dotor” eu tenho uma ação trabalhista e queria que o senhor julgasse logo, porque eu preciso do dinheiro”. O juiz respondeu: “ Não posso, sou incompetente, não é minha área”. Retrucou: “ Que isso “dotor” o senhor é competente sim, é modéstia sua. Todo mundo diz na cidade que o senhor é muito bom”.
O advogado contou outra, dizendo que aconteceu no sertão do Brasil, em uma comarca muito pequena.
Os advogados entraram na sala e o juiz perguntou se tinha elaborado o acordo. Responderam que sim e o juiz pediu a petição com o acordo para a devida homologação. “Não tem doutor, o acordo foi bucal”.
Tá certo, a higiene é bucal não é oral. “Tô certo ou tô errado”?
Para terminar.
Consta que um advogado novinho, empertigado, meio metido, estreando a carteira da OAB chegou ao cartório criminal e pediu ao escrevente para ver determinado autos de ação penal.
De posse dos autos começou a folhear e o tempo foi passando e ele não dizia nada, não perguntava e nem entregava os autos.
Um antigo cartorário, de cabelos brancos, lá no fundo disse: “ Doutor: “Denúncia em fls. 2”. Nossa, como ele sabia? Toda denúncia está em fls. 02.
Até.