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INVERNO CATARINENSE NOS EMBALOS DE TODOS OS ESTILOS DE DANÇA

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A 31ª. edição do Festival de Dança de Joinville aconteceu no período de 17 a 27 de julho, reunindo personalidades artísticas consagradas e bailarinos de mais de 20 estados brasileiros.

Clássico, clássico de repertório, contemporâneo, jazz, sapateado, danças populares e danças urbanas. Durante os 11 dias do Festival, o perfil tipicamente industrial do maior polo econômico de Santa Catarina se transformou num frenesi multicolorido destes sete gêneros de dança nos palcos espalhados pela cidade.

Considerado desde 2005 o maior festival de dança do planeta em número de participantes segundo o Guinness Book e o único entre os grandes festivais mundiais a reunir tanta diversidade de estilos, o evento atrai também todos os anos uma multidão para milhares de vagas em cursos, oficinas, workshops e seminários voltados para o aperfeiçoamento técnico, pedagógico e acadêmico da dança. Anualmente são cerca de 6.500 participantes entre bailarinos, estudantes, professores, profissionais convidados e artistas consagrados. Além do palco principal no Centreventos Cau Hansen com ingressos pagos, há dezenas de palcos abertos com apresentações gratuitas em praças, shoppings, entidades assistenciais e até na penitenciária. Uma oportunidade para as famílias dos participantes, turistas amantes da arte e a comunidade da região vibrarem com essa invasão cultural em cada esquina.

A abertura do Festival no dia 17 ficou por conta do Ballet Nacional do Uruguai (Sodre) apresentando quatro obras sob a direção do bailarino argentino Julio Bocca – um dos maiores ícones da dança mundial na atualidade.

A noite de Gala, dia 22 se tornou inesquecível, celebrando o centenário da “Sagração da Primavera”, cuja versão original apresentada em Paris marcou a história da dança para sempre. Abrindo a noite, a escola do Teatro Bolshoi no Brasil apresentou um balé clássico ao som de Chopin, conhecido no ocidente como “Les Sylphides” – uma referência no repertório das grandes companhias do mundo. Na sequência, a Gala homenageou a revolucionária obra “A Sagração da Primavera”, quando o músico russo Igor Stravinsky chocou o mundo por romper com todos os padrões da sonoridade estabelecida, com coreografia do lendário bailarino russo Nijinsky. O Ballet do Teatro Guaíra subiu novamente aos palcos de Joinville, desta vez para apresentar uma versão coreográfica deste clássico da modernidade, com direção da portuguesa Olga Roriz.

Já na semana da Mostra Contemporânea, de 21 a 26, foram seis as companhias convidadas deste ano: Ballet Jovem do Palácio das Artes (MG) e Cia. Municipal de Dança de Caxias (RS), Luis Arrieta (SP), Denise Stutz (RJ), Micheline Torres (RJ) e Luis Garay (Argentina).

No tradicional Encontro das Ruas, Binho Ribeiro – um dos principais nomes do street art mundial, curador da Bienal de Graffiti do MUBE/SP, marcou a abertura do festival organizando uma exposição conceitual e representativa do graffiti no cenário nacional, ao trazer nomes renomados desta cena urbana vindos do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A programação hip hop do Encontro das Ruas aconteceu dia 27, com a curadoria de Ana Paula Ribeiro trazendo grandes nomes para as batalhas de Bboys e Mcs, nos embalos de reconhecidos DJs brasileiros.

O evento é uma realização do Instituto Festival de Dança e Ministério da Cultura. A 31ª edição foi apresentada pelo Banco Itaú, importante apoiador da cultura nacional, com o patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina (Funcultural – Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte), Grupo RBS e Tractebel Energia, além do apoio de O Boticário.

Rui Rogero Bosshard

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