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RETICÊNCIAS… Nilza Barude

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De forma confessional e corajosa, a autora releva um intenso relacionamento amoroso que vivenciou à distância e apenas por e-mails. A obra será lançada em São Paulo no dia 11 de abril, quarta-feira, das 19h às 22h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Em seu terceiro livro, a artista plástica, escritora e jornalista, escritora plástica Nilza Barude conta a história de seu intenso relacionamento pela internet, com um homem que nunca viu. E, mesmo com a “paixão que foi carregada pelo vento” conclui que o “amor sempre vale à pena”. Nilza Barude fica em São Paulo até o dia 14 de abril e é uma ótima pauta para matérias e entrevistas sobre comportamento! Os amores virtuais são cada vez mais reais e estão até na arte, vide a música “Nina”, de Chico Buarque. “Nina diz que tem a pele cor de neve/E dois olhos negros como o breu/Nina diz que, embora nova/Por amores já chorou que nem viúva/Mas acabou, esqueceu/Nina adora viajar, mas não se atreve/Num país distante como o meu/Nina diz que fez meu mapa/E no céu o meu destino rapta/O seu/ Nina diz que se quiser eu posso ver na tela/A cidade, o bairro, a chaminé da casa dela/Posso imaginar por dentro a casa/A roupa que ela usa, as mechas, a tiara/Posso até adivinhar a cara que ela faz/Quando me escreve/Nina anseia por me conhecer em breve/Me levar para a noite de moscou/Sempre que esta valsa toca/Fecho os olhos, bebo alguma vodca/E vou.”

Terceiro livro da jornalista, poeta e artista plástica Nilza Barude, “Reticências…” (Editora Livro – 184 páginas – R$ 29,90) reflete um período de dois anos em que o coração se apossou de suas mãos e refletiu um intenso relacionamento amoroso à distância, vivenciado apenas por e-mails. A obra será lançada em São Paulo no dia 11 de abril, quarta-feira, das 19h às 22h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073).

Escrito de forma confessional e corajosa, o livro de Nilza Barude mostra os sonhos, dores, desejos e decepções de duas pessoas que, apesar de se apaixonarem, nunca se viram pessoalmente. Nilza conheceu Karim pela internet, durante uma pesquisa sobre a planta ayahuasca. Ele, um biólogo, descendente de árabes, com o tempo dividido entre pesquisas na Amazônia e o Oriente Médio. Uma paixão de uma jornalista por uma pessoa com o “corpo marcado por pata de onça”, com “asas nos pés” e “carregado pelo vento”. “Reticências…” é a comprovação de que o amor é um estado de espírito.

. O título de deve ao fato do relacionamento ter se tornado, repentinamente, apenas reticências. Karim, sem deixar vestígios, desapareceu. Teria morrido? Optou por mudar de vida? Sumiu por medo de se entregar de forma plena ao amor? Indagações sem respostas, de quem sente a dor e a saudade daquilo tudo que, por muito pouco, “quase” viveu. Perguntas que só podem ser feitas por quem tem a coragem de se entregar à paixão. “É a história de um casal sem amarras, que viveu os sonhos, as dores e os amores de uma paixão que foi carregada pelo vento”, diz Nilza .

Este convite aos braços da emoção faz com que dificilmente o leitor fique imune.

Sobre a autora

Nilza Barude é formada em Filosofia, com curso de extensão em Psicologia pela USP de Campinas. Exerce a profissão de jornalista desde 1970. Em Campinas, escreveu para o jornal “Correio Popular”e, em São Paulo, trabalhou em diversas emissoras, como “TV Tupi”, “TV Excelsior”, “TV Record” e nos jornais “Folha de S.Paulo” , “O Estado de S. Paulo” e “Jornal da Tarde”. Chegou à Bahia em 1976. Atualmente, assina a coluna De Olho na TV, no jornal “Tribuna da Bahia”. Em 1981, foi convidada pelo diretor de “A Tarde”, professor Jorge Calmon, para participar da criação do suplemento semanal, “Revista da TV”, encarte do mesmo jornal, onde escreveu durante 17 anos. É diretora de jornalismo do portal site maisbahia.com.br. Fez direção, criação e apresentação de programas, de telejornais e de debates, produção de telejornalismo, reportagens, na “TVE” por 14 anos, e também nas emissoras “TV Itapoan”, “Band Bahia” e “TV Aratu”. Recebeu o título de Cidadã da Cidade de Salvador. É consultora e assessora em comunicação, palestrante e instrutora de cursos e eventos de Comunicação Empresarial. É também escritora e artista plástica.

Natural de Araçatuba, no interior de São Paulo, Nilza Barude tem o mundo das artes no gene. Com o pai pianista e o avô flautista, começou a tocar piano com cinco anos de idade. Aos 12, já tinha interesse pela obra de José de Alencar, Machado de Assis, entre outros autores brasileiros. Ainda na faculdade, se aventurou pelas artes cênicas. Contracenou com Cacilda Becker, na “TV Tupi”, e foi dirigida por Plínio Marcos e Fernando Faro.

Nilza fez parte da Catequese Poética, movimento das décadas de 60 e 70, liderado por Lindolf Bell, que levava a poesia às ruas e onde o povo estava. Nilza diz que teve como grande incentivo para mergulhar no universo das letras um elogio do crítico de arte Jacob Klintowitz.

Ficha técnica

Livro: “Reticências…”

Número de páginas: 184

Preço: R$ 29,90

Autora: Nilza Barude

Editora: Editora Livro

Produção editorial: Márcia Tude

Edição: Ismael Bernardo

Fotografia: Margarida Neide

Lançamento em São Paulo: dia 11 de abril, das 19h às 22h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista 2073 – tel: 11-3170-4033 ).

Da orelha do livro, por César Romero

O amor é uma abstração. Nilza e Karim se conheceram via internet e vivenciaram uma longa troca de correspondências. De início, na brandura do comedimento, depois se aprofundaram em confidências e no amor. Nunca se tocar, apenas palavras e fotos. Dois anos, falaram de quase tudo, tempo, pôr-do-sol, cachoeiras, florestas, viagens, povos nômades, noites, dores, vida, carinho e essência. Falaram de quase tudo sim, das coisas do mundo, das sombras e luzes, sonhos e mares.

Muitas vezes se prometeram, assim queria o desejo. Um dia o fluxo se interrompeu, Karim não mais fez contato. Abriu-se um grande mistério, findou o tempo que houve, a vontade ou a vida afinal? Nilza continuou a escrever e as respostas não mais estavam. O território do desconhecido encheu-se de ausência. Restaram lembranças e indagações. Saudade, em sentimento de quem amou.

Todas essas mensagens, agora se transmutam em livro. “Reticências…” foi uma necessidade irreversível de se comunicar. Agora é literatura, relatos de um período que deixou nóduas e estrangulamento de emoções. Escrito de forma livre e confessional, apóia-se em descobertas interna, causando um efeito revelador. O que foi, existiu. Inda que no plano do insondável. Fica no livro um testemunho daquilo que nos escapa em enigmas, daquilo que chamamos quase.


Gontof Comunicação

Jornalista responsável: Airton Gontow (MTB: 18.574)

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