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CAUSOS DE VIAGEM 3

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Chego ao fim dos causos de viagem, e hoje conto sobre a vestimenta de algumas pessoas que encontrei pelo meu caminho.

Nem sei como identificá-las, mas não é demais deixar afirmado que meu objetivo não é de ridicularizá-las, mas somente de mostrar a vestimenta um tanto diferente para nós, que estamos acostumados a prestar atenção nas pessoas, e às vezes até olhar sem ao menos disfarçar.

Tanto na Europa como nos Estados Unidos, como nós sabemos, e já escrevi, as pessoas não estão interessadas como a outra está vestida. É assunto de cada um. É questão cultural, nada mais.

Mas, como bom brasileiro, eu presto atenção nas pessoas, procurando disfarçar, claro.

Em Verona, a cidade de Romeu e Julieta, de Shakespare, após visitar a casa de Julieta, fomos almoçar em um típico restaurante italiano, com as mesas alocadas na praça pública.

Logo que sentamos, um casal ocupou uma mesa próxima.

Ela se vestia normalmente, sem qualquer nota diferente, mas ele não. Um homem de mais ou menos 35 anos de idade, que calçava uma bota branca, bem branca, bem limpa, do tipo Verlon (para quem não sabe, bota de plástico que se usa quando se lava o chão).

Vestia uma calça preta apertada, uma camisa areia e um paletó branco, que combinava muito bem com a bota.

Seu cabelo era bem preto, não parecia pintado.

Chamava atenção, mas ele não estava preocupado e almoçou tranquilamente.

Em Ljubljana, capital da Eslovênia, percebi na rua, próximo a feira que contei na ultima crônica, um homem alto, cabelo volumoso, claro e curto. Usava um short jeans extremamente curto, que parecia a polpa de sua bunda.

Portava uma potente máquina fotográfica e estava acompanhado de uma mulher, que dava a indicar, que era sua esposa, também, como a outra, vestida normalmente. Calça comprida, blusa e cores discretas.

Parece que só são os homens que são diferentes, mas não é não. Vejamos o que observei das mulheres agora.

Antibes é uma cidade na França, ao lado de Nice, e lá fomos visitar o irmão de Watanabe San, que lá vive e está enchendo o bolso de Euros, porque administra muito bem seu rico dinheirinho. O que ele gosta mesmo é de dançar salsa, dizem por lá, que é um bom dançarino, e que faz sucesso.

Ele nos levou em uma marina, em seu possante e novo BMW, e em uma rua próxima, vi (meninos, eu vi!) uma moça de biquini e calçando um salto alto, caminhando em plena calçada da via pública.

Outras moças estavam com ela, mas só ela estava com roupa de praia.

Esta é mais interessante.

Viajando pela Toscana a fome bateu, por isso, entramos em um bela cidade chamada Cecine. Cidade praiana onde almoçamos, na beira da praia, bons frutos do mar acompanhados de vinho branco local.

Com a água um pouco abaixo dos joelhos havia uma mulher usando sunga e com os peitos de fora, porque não usava soutien.

Falava no celular e andava pela água de um lado para outro, sem nenhuma preocupação.

Era morena, cabelos de comprimento médio, e, na verdade, não sei se era uma mulher ou um homem. Prefiro não arriscar, isto é problema dela ou dele.

Desde jovem, sempre gostei de, discretamente, observar as pessoas e seus comportamentos. Gosto de observar o que é bonito, e o que é feio, na minha concepção. É interessante.

Cada pessoa tem sua particularidade, e é isso que eu gosto.

Lembro-me de no casamento de Mr. e Ms. Porter, nos Estados Unidos, ver que na recepção havia convidado trajando roupa de casamento, outros de jeans e tênis, e até um ou outro de short.

Tudo normal. Não afetou em nada a festa.

Caro leitor, passe a perceber as pessoas, apenas por perceber, sem a idéia de ridicularizá-la, e constate quantos tipos interessantes encontramos a cada dia, mas não se esqueça que você também está sendo observado.

Cada um na sua, e tudo bem!

Até a próxima.

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