Estamos assistindo a um espetacular momento da economia brasileira; acabo de voltar de visita ao Brasil, onde permaneci durante intensos 30 dias, e me vejo na obrigação de realizar algumas reflexões que penso podem agregar valor aos meus leitores.
Cada vez que visito o país procuro manter um contato ativo com a força empresarial e com os profissionais do setor de atividade no qual eu atuo que é o da logística materializada e do transporte de mercadorias.
É possível que continuamos sendo muito negativos em relação às possibilidades do Brasil e que em certa medida tenhamos perdido a perspectiva do papel que temos reservado na história econômica e social deste mundo cada vez mas globalizado.
Tive ocasião de visitar diversas capitais do Brasil e observei, de maneira nítida, que o progresso chega, de forma rápida e consistente de Norte a Sul do país.
Quando observamos alguns aspectos negativos, procuramos conhecer as ações que estão sendo desencadeadas, tanto pela iniciativa privada como pela classe empresarial, trabalhadora e estudantil, e observamos que existe plena consciência sobre as oportunidades de melhora que o país dispõe.
Tive oportunidade de realizar uma reunião na cidade de Osasco. Terminei meu compromisso por volta das 20 horas e quis participar de uma experiência pessoal, para poder contrastar-la com a realidade vivida nos anos 1978, 1979 e 1980, quando eu trabalhei naquela próspera cidade de São Paulo. Dirigi-me à estação de trem e realizei o percurso Osasco – São Paulo, fazendo conexões na Estação Julio Prestes, e depois de aproximadamente uma hora e quinze minutos, havia chegado no bairro do Jabaquara, meu destino final naquela fria noite do mês de Julho.
Há 3 décadas, nem eu, nem meus companheiros de trabalho na COBRASMA, nos atrevíamos a realizar a viagem que quis empreender nesta oportunidade.
Realizei o trajeto com certo conforto e pude observar que vamos avançando para uma imprescindível conexão dos diversos modais do transporte; tanto na área de cargas, como na área de passageiros. Visitei a estação da Luz, e posso afirmar que a mesma não deixa nada a desejar para as mais modernas estações passageiras das metrópoles da Europa.
Também visitei diversas capitais brasileiras e fiquei imensamente contente com os progressos observados no Nordeste do país aonde constatei muita ordem e limpeza por parte dos agentes que estão a serviço dos turistas, como era o meu caso na visita à cidade de Natal e suas maravilhosas praias.
Estando há 2 décadas vivendo na Europa e tendo o privilegio de residir em uma cidade muito bem estruturada, como Barcelona, quero deixar um testemunho de que, em minha participar opinião, o Brasil avança para lograr, pouco a pouco, uma posição de destaque neste mundo cada vez mais globalizado.
Apesar dos inegáveis problemas estruturais que ainda assolam o país, penso que o Brasil é hoje uma locomotiva que em determinadas ocasiões avança lentamente, mais que não deixa de seguir uma trajetória rumo ao progresso.
Penso que se conseguirmos seguir aumentando nossa autoestima, se seguirmos denunciando aquelas situações que não agregam valor aos nossos interesses individuais e coletivos, dentro de duas décadas estaremos em uma posição bastante privilegiada, e fazendo com que nossos cidadãos tenham cada vez mas orgulho desta nação.
Roberto Lacerda Oliva é Consultor Comercial para as áreas de Logística e Transporte. Ocupou varias posições como dirigente dos principais grupos multinacionais do setor. Atualmente Roberto reside entre a Espanha e o Brasil e ocupa a posição de Diretor Geral da www.presslog.com.br empresa especializada em processos de comunicação e de assessoria em Fusões e Aquisições para empresas dos setores de Logística e Transportes.
