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Projeto Mata Atlântica

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Ecologia: UBATUBA

Distante de São Paulo, 250 km, Ubatuba fica no litoral norte, e quase 80% do territorio da cidade de Ubatuba é dedicada a áreas de preservação. O Parque Estadual da Serra do Mar,criado para proteger e preservar a mata atlântica. Ubatuba abriga o projeto Mata Atlântica, desenvolvido para ser referência na ecologia e foi idealizado por Celso morador e apaixonado por Ubatuba e ecologia.

Convidada para fazer um passeio ecológico, com trilhas, cachoeiras, visitas ao Projeto Tamar, ao Aquário de Ubatuba, Instituto Oceanográfico da USP, Parque Estadual da Ilha Anchieta. Um projeto que leva jovens de diversas escolas para a conscientização da importância da preservação do meio ambiente.   A Escola Livre Porto Cuiabá traz alunos para o projeto a mais de 5 anos. Esta turma veio acompanhada das professoras Daniele e Mayra.www.elpc.com.br

Ney, o nosso guia, nos fez começar com visita ao Projeto Tamar, muito enriquecedora a todos, fundada há 30 anos lá é desenvolvido todo o processo que envolve as tartarugas, desde o resgate delas nas praias, até a recuperação. O Tamar existe também por causa das espécies que estavam ameaçadas de extinção. Foi feito um trabalho com os pescadores para que eles tivessem consciência do mal que seria para todos, pois eles pescavam para comer, vender o casco p/ fabricações diversas, inclusive pente. No Tamar são estudadas todas as espécies que estão em cativeiro, habitat.  Lá os visitantes podem participar alimentando as tartarugas, assistindo a vídeos educacionais, palestras, e tudo o que envolve a preservação das espécies.   Em outros lugares já existe o projeto Tamar, estão presentes em 9 estados com um total de 23 bases localizadas na costa brasileira promovendo a a conservação dos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades. Conheçam mais:www.tamar.org.br

O Aquário de Ubatuba também faz parte deste roteiro. Lá existem mais de 100 espécies de animais entre piranhas, moréias, tubarões, raias, pingüins e jacarés; incluindo o famoso tanque oceânico de 80.000 litros – um dos maiores do país. Encontramos espécies bem cuidadas, de interesse de todos os jovens e publico diversos.  Em anexo fica o Museu da Vida Marinhacom exposição de diversos animais marinhos retratando a evolução e biodiversidade dos mares, e exibe desde pequenos invertebrados como o plâncton, até grandes mamíferos marinhos como as baleias.  Além de ossadas de tubarão, baleias e vimos fetos de diversos peixes que morreram por conseqüência da má preservação do meio ambiente. Este projeto ecológico tem por objetivo incentivar os jovens a refletirem sobre em que condições encontram-se o planeta. Visitem virtualmente: www.aquariodeubatuba.com.br

Diversas atividades foram feitas enquanto estive por lá, mas com certeza o que me chamou a atenção foi o interesse desta turma de Goiás. Jovens que vem percorrendo o país de norte a sul, leste e oeste em busca de conhecimento do meio ambiente e seus diversos aspectos.

A visita ao Instituto Oceanográfico da USP foi totalmente enriquecedora. O biólogo marinho  Ayrton Carrieri Pasquini e o técnico de laboratório Fernando Nascimento dos Santos  mostraram os diversos pontos de estudo do instituto, a importância da medição diária das ondas, o estudo que está sendo feito sobre a alimentação dos peixes, enfim uma verdadeira aula de informação enriquecedora. Um trabalho muito interessante para se aprofundar:www.io.usp.br

Na Ilha Anchieta nós percorremos a Trilha do Sul… Sem dúvida uma experiência maravilhosa… Anda-se um pouco, por volta de 2,2km, com duração de 2hs entre ida e volta. A trilha é considerada média de esforço, embora eu não tenha me cansado. Mas, é um colírio olhar em volta e perceber que a natureza é linda, e, ao mesmo tempo é triste pensar que os homens podem destruí-la em poucos anos o que Deus levou uma eternidade para nos dar. Tem-se a impressão que estamos no paraíso quando nos deparamos com a praia do Sul. Águas cristalinas que convidam a um mergulho. Só acordamos quando vemos a triste realidade dos pescadores, que nesta época do ano não conseguem pescar nem o suficiente para o sustento de suas famílias, que dirá para venderem e conseguir honrar com seus compromissos financeiros. O mais triste é que se eles quisessem mudar de profissão, não iriam conseguir se adaptar em outro emprego, pois a vida toda foram pescadores.   E, é esta conscientização que este projeto traz. A idéia de que podemos mudar o meio em que vivemos, basta um pouco mais de educação ambiental.

Na própria Ilha Anchieta, de onde partimos para a trilha, encontramos um descaso muito grande com o patrimônio cultural. Nela funcionou um presídio até 1955 (fechado após intensas rebeliões). Abandonada até 1977, quando foi criado o Parque Estadual da Ilha Anchieta. E desde então as autoridades responsáveis pela manutenção e conservação do parque não se importam com a destruição que vem acontecendo. Os bichos que foram trazidos para lá, vê-se nitidamente que precisam de alimentos, que a mata não os fez se adaptarem sem a intervenção dos homens. Será que a mata produz alimento para todos que convivem na ilha? Os sagüis procuram avidamente por alimentos entre os visitantes, chegam até a pular em busca de comida. Os quatis chegam até os visitantes e derrubam o lixo para procurarem comida. E não é uma questão de malandragem, vê-se pela atitude que estão realmente com fome.

O patrimônio histórico- cultural representado pelas ruínas do presídio e suas instalações deveriam receber respeito. É difícil ver tanta destruição, as imagens dizem por si. Fiquei muito triste com a degradação, em 2003 visitei a ilha, e já se encontrava em péssimo estado, e passado todo estes anos nada foi feito. A maioria das celas está com as paredes caídas e tem apenas uma que pode ser visitada internamente. As solitárias não existem mais, o mato tomou conta, e a cada temporal uma velha parede vai ao chão. É lastimável ver isso. A Ilha Anchieta é um patrimônio histórico e deveria ser cuidada com muito carinho e atenção. Leiam a historia deste patrimônio em www.ilhaanchieta.com.br

Os passeios por Ubatuba continuaram, mas infelizmente não pude acompanhar os alunos nos outros dias, tive de voltar para São Paulo: o trabalho me aguardava.

Nos outros dias estava marcada visita numa fábrica de farinha, com trilha, banho de mar. E mais, visita a uma fazenda de mariscos, a importância do cultivo sustentável. E mais uma trilha de 3hs estava programada para o ultimo dia.

Este projeto foi idealizado por Sr. Celso, proprietário da Estalagem Casa Grande-Pousada, que tem como objetivo incentivar os jovens alunos a conhecerem melhor o meio ambiente e respeitá-lo aprendendo a preservá-lo. Este belíssimo trabalho precisa ser conhecido em diversas escolas do Brasil para que a natureza possa agradecer.

A hospedagem na Estalagem Casa Grande- Pousada foi prazerosa, acordávamos com um delicioso café da manhã, e, no almoço e jantar comida caseira servida como a intimidade de nossa casa. A fartura de alimento fez com saísse um pouco da rotina, tudo muito fresquinho e saudável, somados com a atenção carinhosa da staff Sonia e da cozinheira Maria. Os quartos são limpos, decorados com muito bom gosto, uma piscina convidativa e uma rede na varanda do quarto, convidando a preguiça. Tudo sob a supervisão impecável do simpático Sr. Celso.

Pessoal, convido a todos que procurem conhecer melhor o Projeto Mata Atlântica. Maiores informações:

ESTALAGEM CASA GRANDE-Pousada

Fones: 12-3842-0882            12-3842-2552

www.estalagemcasagrande.com.br reservas@estalagemcasagrande.com.br

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