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BELÉM DO PARÁ – TUDO DE BOM NO CONGRESSO NACIONAL

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A abertura do XXVIII Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (ABRAJET) foi um espetáculo à parte em todo o brilho que teve seus organizadores, Benigna Soares e João Ramid, presidente da Abrajet-Pará. Com uma belíssima recepção, o povo paraense recebeu os jornalistas que compuseram a comitiva que veio de todo Brasil prestigiar oficialmente o evento. No Hangar do Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará a festa foi impecável.

O evento aconteceu por uma promoção da Abrajet-Pará, com apoio da Companhia Paraense de Turismo (PARATUR). O presidente da Paratur, Adenauer Góis saudou os jornalistas de turismo de todo o país e convidados da Argentina, Uruguai e Suriname ao lado da gerente de Comunicação da Paratur, Benigna Soares, destacando a importância do profissional de turismo de imprensa e a importância do destaque do estado do Pará.

Os jornalistas foram blindados com um desfile espetacular de jóias confeccionadas por grandes nomes de artistas locais.

Durante o jantar, quando puderam experimentar as delícias paraenses, preparadas pelo chef Fábio Scilia, os jornalistas assistiram um grande espetáculo do Círio de Nazaré, a manifestação cultural mais expressiva do Pará.

O presidente da Abrajet Nacional Helcio Estrella recebeu agradecimentos pela realização do XXVIII Congresso em Belém. Estrella destacou ainda o trabalho da Abrajet Nacional e suas seccionais em prol da divulgação e do desenvolvimento sustentado do turismo brasileiro.

A jornalista Benigna Soares, vice-presidente da Abrajet da região Norte, enalteceu o esforço para consolidar a entidade no Pará, a conquista e realização do congresso. Valeu por esta iniciativa… Parabéns!!!

A ABRAJET-SP é eleita a próxima anfitriã para o XXIX Congresso Nacional 2012

Claudio Oliva, presidente da Abrajet-SP, esteve atento durante toda a assembleia. Participou ativamente opinando e sugerindo novas pautas, e, mesmo contestando quando necessário para o bom andamento dos trabalhos de sua Seccional.

E foi por unanimidade que São Paulo recebeu a votação para ser o próximo estado a sediar o congresso no ano de 2012.

O Pará não para… E o XXVIII Congresso Nacional Abrajet seguiu para vários pólos

O Polo escolhido por alguns dos jornalistas da Abrajet foi a Ilha de Marajó e para ilustrar a matéria deixo vocês com um texto muito explicativo.

TURISMO NO MARAJÓ: OBSERVAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

Texto da Profª MSc. Marinete Silva Boulhosa
Turismóloga, Especialista em Educação Ambiental, Planejamento e Ecoturismo
Mestre em Antropologia
Professora efetiva do IFPA – Campus Belém
Coordenadora do Curso Técnico em Eventos – Programa E-tec Brasil – IFPA

Coordenadora da Área de Hospitalidade e Lazer do IFPA – Campus Belém

A ilha do Marajó está localizada ao norte do Brasil, nordeste do Estado do Pará, na desembocadura do rio Amazonas. É a maior ilha fluvio-marinha do mundo, com uma área de 49.606 Km2, formada por 12 municípios, que com outras ilhas, em destaque as ilhas de Caviana, Mexiana e Gurupá, formam o arquipélago do Marajó.

Dividida naturalmente em dois grandes ecossistemas, a leste as regiões dos campos naturais e a oeste a densa floresta tropical, a ilha do Marajó possui destaque especial no Estado, no ponto de vista econômico, natural e turístico.

No ponto de vista econômico, desde a colonização, a ilha é um dos mais importantes centros pastoris do Estado e destaca-se ainda por possuir a maior manada de búfalo do Brasil, sendo o primeiro lugar do país onde esses animais foram introduzidos, em 1895, pelo fazendeiro Vicente Chermont de Miranda. O búfalo, por sua docilidade e força, é também utilizado para o transporte de pessoas e cargas. Sendo no Marajó, na cidade de Soure, o único lugar no país onde a policia é montada a búfalo.

Por sua dimensão geográfica, os recursos naturais da região são vastíssimos e possibilitam sua exploração sustentável de várias formas, e entre essas formas está o turismo. O turismo no Marajó começou a se desenvolver a partir da década de 70, através de uma política de desenvolvimento para a Amazônia, e Soure foi escolhida com uma das cidades com “vocação natural” para o turismo. A partir daí vários hotéis foram instalados na cidade. Por essa razão Soure é a cidade que oferece a melhor estrutura turística da Ilha do Marajó.

Os atrativos turísticos do Marajó são representados pela diversifica fauna e flora, pelos vastos campos naturais, as zonas de floresta, praias desertas, pelas fazendas tradicionais como São Jerônimo, Bom Jesus, Sanjo, entre outras, que associam a pecuária ao turismo ecológico e rural. Esses recursos naturais são completados com a riqueza da cultura marajoara, manifestada através de suas crenças, danças, músicas, artesanatos, etc.

Porém, apesar de seu potencial a atividade turística na ilha se apresenta pouco organizada e com demandas reduzidas e concentradas, reflexos, a nosso ver,  da necessidade de uma ação em conjunto do Estado, da iniciativa privada e da população receptora.

Para que o turismo ocorra corretamente e gere os benéficos esperados, é fundamental que alguns fatores sejam considerados, os quais são apresentados abaixo, como contribuição para o desenvolvimento sustentável da atividade.

Política Pública de ação vertical – As ações governamentais muitas vezes beneficiam poucos. Suas ações pouco ou nunca alcançam os outros agentes envolvidos, que estão na base da oferta de serviço.

Pesquisa – Há uma necessidade premente de se produzir pesquisas sobre o ecoturismo e turismo rural na ilha, que subsidiem ações do poder público e da iniciativa privada e ajudem a atividade desenvolver-se de forma sustentável.

Planejamento Participativo – O planejamento turístico deve ser resultado de um trabalho coletivo, incluindo a sociedade e seus segmentos.

Qualificação e absorção de mão-de-obra local – A população local precisa ser qualificada para atender o turista. Cabe ao governo e a iniciativa privada promover a qualificação e a comunidade exigir essa qualificação e inserção no mercado. 

Valorização da cultura local – As manifestações artísticas e culturais, devem ser incentivados, mas com uma preocupação clara em não descaracterizá-los ou vulgarizá-los.

A valorização do conhecimento tradicional das comunidades – A cultura marajoara é marcada pelo acúmulo do saber sobre o hábitat natural. Esse etnoconhecimento marca a vida do homem marajoara e não pode ser desconsiderado em face do conhecimento científico e menos ainda do desenvolvimento do turismo.

Acredito no turismo como atividade conservadora dos recursos naturais e geradora de riqueza, porém, para que haja um desenvolvimento real é necessário que a comunidade também cresça e seja beneficiada dos resultados positivos desta atividade.

ENCERRAMENTO COM CHAVE DE OURO

O encerramento do XXVIII Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet) foi marcado com uma apresentação do grupo Amazônia Jazz Band, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. A programação cultural da noite da última terça (28), marcou o encerramento do congresso que teve seu início no dia 22/9, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.

Na cerimonia de encerramento do congresso, o presidente nacional da Abrajet, Helcio Estrella, disse ser “a primeira vez que um congresso da associação foge ao modelo nacional, com a diversificação de visitas em quatro pólos turísticos”. Ele elogiou o esforço da direção da Abrajet Pará em apresentar o maior número de atrativos aos jornalistas. “Estou feliz por realizarmos um evento que conseguiu traduzir bem a realidade turística do Estado do Pará”.

Um dos participantes da comitiva que reuniu mais de 40 jornalistas ao pólo Marajó, Estrella disse estar impressionado com o nível de equilíbrio social do povo marajoara. “A ilha do Marajó tem uma beleza natural extraordinária, com campos, búfalos e os moradores que conseguem aproveitar com harmonia as belezas do local”.

Segundo o presidente da Abrajet Pará, João Ramid, a diversificação por pólos foi uma tentativa de fazer com que os jornalistas fossem difusores para o Brasil e para o mundo das pautas turísticas nos quatro cantos do Estado do Pará. “Organizamos visitas com diferentes opções de atrativos pela grandiosidade desse estado que, infelizmente ainda é pouco divulgado, e para que os jornalistas possam traduzir aos seus leitores as principais atrações do povo paraense”.

Também participaram da cerimonia de encerramento do XXVIII Congresso da Abrajet o presidente do Conselho Municipal de Turismo, Joacyr Rocha, que representou o presidente da Belemtur, Wady Khayat e Albino Barbosa, diretor administrativo da Paratur, representando o presidente Adenauer Góes, que se encontrava em agenda fora do país.

Depois da apresentação rumamos para a cervejaria das docas e bebemos alguns chopes para comemorar o sucesso.


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