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CONOTEL: Carta de São Paulo 2011

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Promovido em conjunto pelas quatro entidades representativas do setor (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional; Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação – FBHA; pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB e pela Resorts Brasil), o Congresso Nacional de Hotéis – CONOTEL 2011 constitui palco ideal para o debate sobre temas relevantes setoriais, ratificando a união de forças e a importância associativa como vetor para a conquista de objetivos comuns.

Com foco no tema central do evento: “Hora H: O Momento da Hotelaria”, o alinhamento de todos os segmentos que compõem o dinâmico setor hoteleiro, marcado pela maturidade, ratificou as reivindicações e proposições registradas em documento que ficou conhecido como Carta de Salvador 2011, entregue aos parlamentares no âmbito do Congresso Nacional, com o endosso das entidades signatárias. Documento este que aborda os seguintes temas:

– Posicionamento das entidades em relação às proposições legislativas que impactam diretamente a atividade hoteleira;

– A desoneração e a diminuição dos custos para o setor;

– Solução para a questão da terceirização de serviços;

– Incentivos fiscais para empresas que financiam programas de capacitação profissional;

– Investimentos em infraestrutura, urbanismo e segurança.

Além dos assuntos apontados acima, foi aprovado por unanimidade moção propondo a prorrogação de prazo, por 180 dias, para que entre em vigor a implementação da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), assegurando o inadiável debate do poder público com a iniciativa privada sobre como proceder para a adoção do documento.

O CONOTEL 2011 reiterou a importância da manutenção dos programas de capacitação e qualificação profissional vigentes mediante convênios firmados com o Ministério do Turismo e Sebrae Nacional. Ao mesmo tempo, o CONOTEL 2011 defende o conjunto de medidas saneadoras adotadas a bem da vigilância atenta e constante da aplicação dos recursos públicos, consideradas indispensáveis para separar o joio do trigo, sob a convicção de que os bons não devem pagar pelos maus gestores.

Do mesmo modo, os hoteleiros destacam o crescimento do mercado doméstico, que trouxe a ampliação da demanda e que motiva, cada vez mais, novos e crescentes investimentos setoriais, com foco no desenvolvimento sustentável, compreendido em suas três dimensões, distintas e complementares: sócio-cultural, econômica e ambiental.

Atentos aos desafios impostos pelos megaeventos esportivos que serão realizados no Brasil, considerados importantes fatores de estímulo para o Estado priorizar investimentos necessários e não mais retardar a adoção de medidas urgentes.

Além do que está por vir, desde já o mercado doméstico cresce e a tendência aponta que o Brasil atrairá cada vez mais hóspedes – inclusive dos países vizinhos, identificados como pólos emissores que demonstram estar em franca recuperação ou com tendência de expansão, tais como: Argentina, Chile, Peru e Colômbia – o que também recomenda foco estratégico das políticas públicas voltadas ao fomento do setor hoteleiro.

Compreendendo que o trabalho sério e dedicado favorece o desenvolvimento sustentável e não pode ser adiado, mas sim retomado com afinco e assegurar o diálogo franco, direto e objetivo entre poder público e sociedade civil organizada, os participantes do evento renovam compromisso com a empregabilidade continua, alcançada por meio das ações de capacitação e treinamento que resultam na geração e distribuição de renda.

O segundo tripé da sustentabilidade, que também pressupõe o desenvolvimento econômico, deverá ser alcançado com a gradativa recuperação do valor da diária média hoteleira, que há anos tem sido depreciada, tendo como fator preponderante o aumento excessivo da carga tributária.

O terceiro e último, porém não menos importante eixo de ação da hotelaria é a busca pela sustentabilidade ambiental, que também prospera com admiráveis casos de sucesso.

Por fim, é importante ressaltar que, assim como o CONOTEL 2011 foi um espaço de debate para que os pleitos da hotelaria continuem intensos, muitos outros espaços como este precisam ser criados.

Um ótimo exemplo, citado durante as atividades do evento, é a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial sobre hospitalidade. Nele seria possível discutir de maneira transversal com representantes das principais esferas públicas do executivo federal temas relacionados ao setor turístico-hoteleiro.

A Carta de São Paulo 2011, assim como a Carta de Salvador 2011, apresentam reivindicações e solicitações, porém a mensagem fundamental de ambas é que o diálogo não pode se encerrar através delas. Os assuntos precisam continuar vivos, pois essa é a melhor maneira de se tornarem realidade.

São Paulo, novembro de 2011

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)

Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)

Resorts Brasil – Associação Brasileira de Resorts (ABR)

Texto: Alberto Talauskas

Fotos: divulgação

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